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Consequências das mudanças no contexto social

Vocês já repararam quantas coisas mudaram nos últimos anos? O quanto a educação mudou, as coisas se tornaram descartáveis (ouso dizer que muitos pensam hoje que as pessoas também se tornaram descartáveis), tudo deve ser imediatista, pensar demais no futuro ou sofrer pelo passado é perda de tempo e para prender a atenção de alguém, principalmente dos jovens, você tem pouquíssimo tempo.


Mas como chegamos em questões diferentes do que estamos acostumados no passado? Como podemos lidar com as consequências da mudança no contexto social? Uma das que venho observando constantemente, é a necessidade de um diploma. A cobrança social e do mercado de trabalho por uma graduação vem mexendo com as estruturas da sociedade e com a maneira com que as pessoas educam seus filhos. É comum hoje ver pais que cedo cobram dos filhos alguma resposta para a velha pergunta "O que você quer ser quando crescer?", só que já aconteceram tantas alterações que a velha pergunta nem é mais feita dessa forma, perguntamos as crianças de um jeito muito mais sério e muito mais carregado de cobranças..."Já escolheu a sua futura profissão?".

Outra questão que venho observado é que cada vez mais, os jovens acabam o ensino médio mais cedo, pois por uma das alterações do contexto social, estimula a entrada das crianças cada vez mais novas nas escolas. Com 15, 16 anos já temos jovens que concluíram o ensino médio e devem escolher as profissões com que irão trabalhar o resto da vida! Hoje essa responsabilidade chega muito cedo aos jovens e vem gerando já outras consequências, como pessoas que estão conseguindo o tão cobrado diploma, mas infelizes com o que escolheram, ou então sem maturidade suficiente para cursar o ensino superior, deixando de realmente cursar uma graduação de qualidade e fazendo apenas o minimo necessário para conseguir o tal canudo.


Parte dessa desempolgação que venho observando vem de uma orientação um tanto quanto questionável que os jovens recebem, em que são estimulados a escolher a profissão baseada na área em que tiram as maiores notas ou que percebem ter maior facilidade. Esquecendo que o ensino superior dura apenas alguns anos e que você não vai sair dele um grande profissional, quem faz de você um bom profissional, são os estágios e a prática na área, ou seja, colocando a mão na massa. Se basear no fato de você ser bom em geografia, e não gostar de contas, como se isso fosse um impedimento para você ser um bom engenheiro no futuro é algo bastante equivocado, pois você pode sofrer um pouco com as matérias de cálculo durante a faculdade, mas quando formado escolher uma área da profissão que não usará tantos cálculos e ser um ótimo (e feliz) engenheiro, mas até do que se tivesse escolhido alguma profissão da área de humanas, apenas pela facilidade de aprendizado em uma matéria.


É interessante pararmos para refletir um pouco sobre como estamos conduzindo as nossas vidas e a de nossos filhos. Como podemos mesclar as mudanças positivas do contexto em que estamos vivendo para a nossa realidade e como filtrar os aspectos negativos que podem trazer maiores (e piores) consequências no futuro. Reflita!


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