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NÃO VAMOS FALAR SOBRE BULLYING!


Com o evento que ocorreu hoje (20/10/17) em Goiás, de novo surge a questão do bullying. Mas será que é sobre isso mesmo que temos que falar?


Temos que falar sobre como toda vez que acontece um assunto desse nível de importância, discutimos nos próximos dias que seguem, mas uma semana depois, no máximo duas, o assunto já foi esquecido.


Temos que falar que duas crianças perderam a vida hoje.


Temos que falar que para a escola ou mesmo os pais, é difícil descobrir o porquê de tanto sofrimento em uma criança e falar também porque é difícil descobrir isso.


Temos que falar sobre a que ponto o bullying deve ter chegado para mexer na cabeça de um adolescente assim, a ponto de fazer algo premeditado, de não sentir apoio em outros lugares ou pessoas, ou mesmo de destruir a sua vida e a dos outros, porque mesmo continuando vivo, a vida dele nunca será a mesma e sua mente nunca será a mesma.


Da mesma forma como temos que falar sobre como a própria sociedade também coloca o bullying sobre uma capa de invisibilidade, toda vez que nós adultos chegamos para uma criança ou adolescente incentivando o uso de apelidos, dizendo que se ele recebeu um apelido que não gostou, não tem problema, a vida é assim mesmo...a escola é assim mesmo. NÃO É!


Não é isso que devemos dizer as mentes que estão sendo formadas, nem as personalidades que estão sendo construídas!


Devemos ensinar o que é empatia e a assertividade. Ensinar a dizer que não está satisfeito e porque não está. O que poderia ser melhor? O que lhe magoou? Ensinar a se colocar no lugar do outro. Você gostaria disso? Você gostaria de ter amigos ou de ser excluído?


Todas essas mentes estão em construção, mentes que por diversas influências​ da mídia e da tecnologia estão se tornando cada vez mais inseguras, cada vez mais sozinhas, baseadas em amizades e informações frágeis e quando tudo isso cai, vem a frustração, vem o medo, vem a indignação...pois essas mentes só aprenderam isso, quando algo foge disso, se sentem perdidos.



Cabe a mim, a você, as pessoas que você conhece, a mídia, a educação e a toda a sociedade lutar contra isso. Porque essa luta é muito maior do que o bullying (uma das consequências do problema), a luta é pra atuar em cima do problema, de forma que haja a construção de mentes e personalidades mais sólidas, confiantes, interessadas.


A terapia analisa tudo isso de uma outra ótica. Tentar achar alternativas e justificativas, vendo dentro disso tudo uma solução para os problemas, ao invés de discutir e esquecer dias depois. Portanto, não vamos falar de bullying, vamos falar de tudo, vamos nos aprofundar, discutir, entender e trabalhar tudo que nos aflige para evitar situações como a de hoje!



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